Quicabo - Angola

Quicabo - Angola
Foto de Vasco D'Orey, montagem de Garcia Ferreira

Encontro em Castro Daire

FOTO DE FAMILIA

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HISTÓRIA DO NOSSO BATALHÃO - Pagina 3 e 4

                
                                                                                  MISSÃO CUMPRIDA

Puz todo o interesse na «História do meu Batalhão».
Felizmente a ideia concretizou-se e aí a temos na mão de cada militar do B. CAÇ. 3838. Estou certo que cada um a apreciará e, mais ainda, quando volvidos anos a folhear recordando factos e imagens, que nos legaram estes dois anos de comissão em Angola. Foi um período intensamente vivido, em que nos apoiámos uns nos outros, para levarmos por diante e a bom termo, a missão que nos confiaram. Todos nos rejubilamos e não menos o vosso Comandante, por a nossa união ter sido autêntica, e bem a demonstrámos nos esforços e sacrifícios que nos foram exigidos e muitos foram, mas que sempre suplantámos, irmanados no supremo ideal de servir, cumprir o dever e valorizar o nosso Batalhão.
Passámos juntos, horas, dias, meses de trabalho, momentos de ansiedade, situações preocupantes, alegrias de êxitos e poupou-nos Deus os duros revezes. Mas não deixámos de ser atingidos, com a perda de 3 camaradas, 1 oficial e dois soldados, que ficam no nosso pensamento com a eterna saudade e que aqui recordo muito comovidamente.
Chegámos ao fim e vamos partir.

Para trás, ficou  a presença de mais um punhado de
Portugueses que  em ANGOLA  tudo fez  para ser
útil ao próximo,  cumprir o dever e honrar Portugal.
Com  humanidade  e  sentido  cristão,  procurámos
trilhar o  caminho e  com o  coração  transbordante
de alegria verificámos a amizade sincera, a gratidão
naqueles que dantes nossos  inimigos, conseguimos
arrancar à  situação  miserável  das  matas  e trazer
para uma vida digna e humana.

Ides  regressar  às   vossas   famílias,   aos   vossos
amigos,  às  vossas  terras  com a grande satisfação
de terdes  cumprido  o  vosso  serviço  militar, mas,
para além disto, de o terdes feito com honra.

Vamos   deixar   esta   Angola   grandiosa  de  que
certamente,  como  eu,  vos  orgulhais  e que sentis agora mais vossa, por a terdes ajudado a construir com o vosso esforço e  o  vosso  sacrifício. Aqui ficam pedaços da nossa vida.
Também eu, como vós, vou regressar de consciência tranquila, por ter procurado cumprir generosamente, mas, ainda mais, com a grata recordação e a subida honra de ter comandado homens como vós.

                                                                                             O COMANDANTE
                                                                          (Tenente-Coronel: Columbano Libano Monteiro)




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