Quicabo - Angola

Quicabo - Angola
Foto de Vasco D'Orey, montagem de Garcia Ferreira

Encontro em Castro Daire

FOTO DE FAMILIA

FOTO DE FAMILIA

CASTRO DAIRE

Hoje o nosso destino não é Angola, Quicabo, Balacende, Maria Fernanda, Margarido, Quifusse, Palacaças ou outro ponto qualquer do norte de Angola, mas sim CASTRO DAIRE, linda e hospitaleira região do norte de Portugal. Por isso um pouco de todo o lado, desde o Minho ao Algarve, iniciámos a viagem bem cedo para rumar até ao Centro Cultural Municipal desta linda cidade.



Aí esperava-nos o nosso anfitrião (dignissimo Camarada e amigo) Fernando Carneiro Pereira, Presidente deste município.

Dadas as boas vindas ao pessoal que a pouco e pouco ia chegando, foi servido um pequeno almoço para o restabelecimento das forças gastas durante a viagem.


Foi assim que o dia começou e não foi preciso esperar para que a primeira grande surpresa do dia, que viria de uma forma ou de outra a ser o grande tema deste encontro, aconteceu, e pasme-se em forma de gente, era a presença à muitos anos esperada do nosso Camarada DAMAS, que como todos se recordam foi aprisionado pelo inimigo já no final da nossa comissão, na celebre emboscada das sete-curvas.


Foram muitos os que com ele quiseram privar, foram muitas as perguntas que lhe fizeram, foram muitas as respostas que dele ouviram, foram muitas as saudades mitigadas pela sua presença. A sua convivência entre nós deve-se aos esforços desenvolvidos pelo Pereira e pelo amigo Pires (á parte desta crónica terei o prazer de fazer alguns agradecimentos a pessoas e entidades que não pouparam esforços para que a presença do Damas tivesse sido um êxito).



Emocionante é como consigo descrever o encontro entre o Damas e o nosso Comandante, posso afirmar, aliás como referido pelo Comandante durante o almoço, que aquele encontro era á muito esperado, talvez uma ferida de guerra que teimava em não sarar.





Foi também com emoção que vi o Padre Zé abraçar o Damas.




A segunda surpresa que registei com imenso agrado, foi a presença da imprensa escrita, na pessoa da senhora jornalista Maria João Silva em representação do Jornal de Notícias que muito tem contribuído para a divulgação da acção dos nossos soldados na guerra colonial. Tenho acompanhado com atenção as crónicas de antigos combatentes que este órgão da comunicação social tem publicado. O nosso obrigado pela vossa acção.


Saciadas as saudades de um ano passado sobre o ultimo encontro, pousamos para a foto do grupo.


De seguida dirigi-mo-nos para a bela Igreja Matriz de Castro Daire, 


tendo o Padre Zé celebrado a habitual missa, auxiliado pelo camarada  Tavares e com o excelente coro onde estava integrado o camarada Pereira,



com a maioria dos camaradas presentes ao encontro.



                                                                          
Finda a missa seguimos para o local do almoço, Quinta do Vale, que nos presenteou com alguns acepipes, a hora já era tardia e as barrigas (bem grandes de alguns) reclamavam algum sustento.

Aqui estava reservada a terceira surpresa do dia, inesperadamente, ou não, apareceu o companheiro Isaltino de Morais, arredado à muito destes encontros, espero que seja um incentivo aos camaradas da C.Caç. 3341 para voltarem a aparecer nos encontros anuais do Batalhão.

O almoço que se seguiu foi agradável e sobretudo o matar das saudades entre todos foi conseguido, é o que se pretende com estas iniciativas, mais uma vez o dever foi cumprido.

Durante o almoço fomos brindados com a actuação do grupo Cordas de Paivó que nos ofereceu um reportório riquíssimo de musica popular portuguesa.


Finalizado o almoço, foi a vez de dar voz aos oradores, começando por abrir as hostilidades o Pereira, que enalteceu a presença do Damas, assim como prestou alguns esclarecimentos sobre o seu aprisionamento e cativeiro, sendo o mais relevante a divulgação de que este teria tido a visita de Manuel Alegre!!!.
Agradeceu  a presença de todos, realçou as potencialidades turísticas da sua terra, nomeadamente as TERMAS DO CARVALHAL e procedeu à entrega de algumas medalhas do seu Município.

Para encerramento dos oradores e após breves palavras de agradecimento por parte do Damas, tomou a palavra o nosso Comandante que com voz embargada pela emoção agradeceu a todos (uma vez mais) por ter tido o privilégio de ter comandado este Batalhão.
Como habitualmente o encontro foi encerrado com o corte do bolo alusivo ao Batalhão de Caçadores 3838.

Garcia Ferreira

2 comentários:

lobo da silva disse...

Os nossos camaradas andam, um pouco distraidos. O teu trabalho merece um louvor. Não te dou uma medalha, porque o Pereira ficou com elas.
Parabéns, e podes contar com a minha coloboração para o que for necessário.
Um abraço

Manuel disse...

Garcia Ferreira
Todo este trabalho está óptimo,as fotografias de Castro Daire estão lindas estás de parabens e o Pereira tambem, fomos recebidos muito bem.