Quicabo - Angola

Quicabo - Angola
Foto de Vasco D'Orey, montagem de Garcia Ferreira

Encontro em Castro Daire

FOTO DE FAMILIA

FOTO DE FAMILIA

QUEM SE RECORDA DO SOLDADO ALTINO DA FONSECA

Camaradas,

O texto abaixo foi-me enviado pelo sobrinho do Camarada Altino da Fonseca, soldado da C.Caç. 3342 que faleceu num acidente de viação (se bem me lembro entre Quicabo e a Maria Fernanda), se alguém tem na sua memória os factos ocorridos neste acidente ou fotos em que esteja o Camarada Altino (sobretudo os camaradas da 3342), enviem-nos para o mail magarciaferreira@netcabo.pt.

Garcia Ferreira


Exmº  Sr.
Quando procedia a uma pesquisa na Internet para procurar alguma informação sobre o meu tio, aquele que segundo a minha mãe me mudou muitas vezes a fralda, encontrei uma lista de Militares falecidos em Angola.

Ao cruzar diversos dados encontrei o Blog de V. Ex (s) do qual julgo que o meu Tio faria parte.

Nome: Altino Caetano da Fonseca
Sld AT 14940870
CCac3342  /  BCac3838

Faleceu em 14/10/72 em Angola (julgo que de acidente)

Com estes dados agradeço se alguém tem algumas notícias, fotografias ou qualquer outro testemunho, o pudesse facilitar.

Quase não recordo a imagem, quando ele faleceu tinha eu 4 anos, apenas recordo muitos militares e tiros ao ar junto do Cemitério de Armamar.

Agradeço a Vossa possível colaboração.

Comentários...

Companheiros,

Hoje tive a agradável surpresa de ver um comentário do amigo Lobo da Silva, a quem desde já agradeço as amáveis palavras, o qual desde logo me motivou a escrever este pequeno texto.

Peço-lhes que comentem as postagens inseridas no blogue, não precisam de dizer bem, a vossa critica será sempre bem aceite e pode levar a corrigir a forma de apresentar o mesmo.

Sei que muitos de vós podem não gostar ou perceber de computadores e Internet, volto mais uma vez a aconselhar que peçam o auxilio dos filhos e dos netos.

Recentemente fui criticado, pela esposa de um nosso colega, numa página do Facebook, porque segundo a Senhora só tirei e publiquei fotografias de companheiros "graduados", não era verdade como podeis confirmar, mas mesmo assim gostava que essa Senhora tivesse a coragem de o comentar no nosso blogue.

Por favor, digam da vossa justiça, critiquem e ajudem a construir algo que poderá e deverá perdurar para além de nós, será por assim dizer "uma memória futura" para os nossos descendentes.

Abraços
Garcia Ferreira

Jornal de Notícias, o B.Caç.3838 e ainda o Manuel Damas

Na sua edição de hoje, 05.04.2011, o JN publica uma reportagem alargada sobre o encontro anual do nosso Batalhão em Castro Daire, com algumas entrevistas, tal como descrito neste blogue na crónica do encontro, a quem desde já envio os agradecimentos da família 3838.
Como diz a D. Maria João Silva, jornalista deste periódico, e como referido já na nossa crónica, sarou-se a ultima ferida trazida de Angola por todos nós.
No entanto, discordo do título dado à notícia do JN, a noção que tenho de FILHO PRÓDIGO é aquele que voluntariamente abandona a sua casa e resolve regressar mais tarde, o Manuel Damas não abandonou de forma voluntária a sua casa, foi sim obrigado e arrastado contra a sua própria vontade, isto levaria-nos a discutir, o que desde já me recuso, a afirmação do Vasco D'Orey quanto ao possível "auto de deserção" elaborado ou não?, no final da nossa Campanha em Angola.

Um grande BEM-HAJA para o JN e para a D. Maria João.

Garcia Ferreira

Agradecimentos

Publicamente agradecemos a colaboração prestada pelo Pelouro da Cultura e Cidadania da Câmara Municipal de Montalegre, pela ajuda prestada na procura do Companheiro Damas.

Agradecemos ainda ao Sr. Couto Soares e à Sra. D. Maria João Silva, ambos do JN - Jornal de Notícias por toda a colaboração prestada na divulgação da guerra colonial, nomeadamente no que se refere ao Batalhão de Caçadores 3838, assim como à presença desta ultima no nosso encontro anual em Castro Daire.

Por ultimo agradecemos ao Pereira o excelente convívio que nos proporcionou, ao Oliveira o desempenho altruísta que sempre põe em todos estes encontros, ao Pires pelo seu desempenho na procura do Damas e ainda na divulgação da nossa actividade em Angola (a ele se deve a presença do JN), não podendo esquecer todos os Camaradas que disseram SIM e estiveram presentes neste evento.

Garcia Ferreira

CASTRO DAIRE

Hoje o nosso destino não é Angola, Quicabo, Balacende, Maria Fernanda, Margarido, Quifusse, Palacaças ou outro ponto qualquer do norte de Angola, mas sim CASTRO DAIRE, linda e hospitaleira região do norte de Portugal. Por isso um pouco de todo o lado, desde o Minho ao Algarve, iniciámos a viagem bem cedo para rumar até ao Centro Cultural Municipal desta linda cidade.



Aí esperava-nos o nosso anfitrião (dignissimo Camarada e amigo) Fernando Carneiro Pereira, Presidente deste município.

Dadas as boas vindas ao pessoal que a pouco e pouco ia chegando, foi servido um pequeno almoço para o restabelecimento das forças gastas durante a viagem.


Foi assim que o dia começou e não foi preciso esperar para que a primeira grande surpresa do dia, que viria de uma forma ou de outra a ser o grande tema deste encontro, aconteceu, e pasme-se em forma de gente, era a presença à muitos anos esperada do nosso Camarada DAMAS, que como todos se recordam foi aprisionado pelo inimigo já no final da nossa comissão, na celebre emboscada das sete-curvas.


Foram muitos os que com ele quiseram privar, foram muitas as perguntas que lhe fizeram, foram muitas as respostas que dele ouviram, foram muitas as saudades mitigadas pela sua presença. A sua convivência entre nós deve-se aos esforços desenvolvidos pelo Pereira e pelo amigo Pires (á parte desta crónica terei o prazer de fazer alguns agradecimentos a pessoas e entidades que não pouparam esforços para que a presença do Damas tivesse sido um êxito).



Emocionante é como consigo descrever o encontro entre o Damas e o nosso Comandante, posso afirmar, aliás como referido pelo Comandante durante o almoço, que aquele encontro era á muito esperado, talvez uma ferida de guerra que teimava em não sarar.





Foi também com emoção que vi o Padre Zé abraçar o Damas.




A segunda surpresa que registei com imenso agrado, foi a presença da imprensa escrita, na pessoa da senhora jornalista Maria João Silva em representação do Jornal de Notícias que muito tem contribuído para a divulgação da acção dos nossos soldados na guerra colonial. Tenho acompanhado com atenção as crónicas de antigos combatentes que este órgão da comunicação social tem publicado. O nosso obrigado pela vossa acção.


Saciadas as saudades de um ano passado sobre o ultimo encontro, pousamos para a foto do grupo.


De seguida dirigi-mo-nos para a bela Igreja Matriz de Castro Daire, 


tendo o Padre Zé celebrado a habitual missa, auxiliado pelo camarada  Tavares e com o excelente coro onde estava integrado o camarada Pereira,



com a maioria dos camaradas presentes ao encontro.



                                                                          
Finda a missa seguimos para o local do almoço, Quinta do Vale, que nos presenteou com alguns acepipes, a hora já era tardia e as barrigas (bem grandes de alguns) reclamavam algum sustento.

Aqui estava reservada a terceira surpresa do dia, inesperadamente, ou não, apareceu o companheiro Isaltino de Morais, arredado à muito destes encontros, espero que seja um incentivo aos camaradas da C.Caç. 3341 para voltarem a aparecer nos encontros anuais do Batalhão.

O almoço que se seguiu foi agradável e sobretudo o matar das saudades entre todos foi conseguido, é o que se pretende com estas iniciativas, mais uma vez o dever foi cumprido.

Durante o almoço fomos brindados com a actuação do grupo Cordas de Paivó que nos ofereceu um reportório riquíssimo de musica popular portuguesa.


Finalizado o almoço, foi a vez de dar voz aos oradores, começando por abrir as hostilidades o Pereira, que enalteceu a presença do Damas, assim como prestou alguns esclarecimentos sobre o seu aprisionamento e cativeiro, sendo o mais relevante a divulgação de que este teria tido a visita de Manuel Alegre!!!.
Agradeceu  a presença de todos, realçou as potencialidades turísticas da sua terra, nomeadamente as TERMAS DO CARVALHAL e procedeu à entrega de algumas medalhas do seu Município.

Para encerramento dos oradores e após breves palavras de agradecimento por parte do Damas, tomou a palavra o nosso Comandante que com voz embargada pela emoção agradeceu a todos (uma vez mais) por ter tido o privilégio de ter comandado este Batalhão.
Como habitualmente o encontro foi encerrado com o corte do bolo alusivo ao Batalhão de Caçadores 3838.

Garcia Ferreira

FAZENDA DO MARGARIDO




No MARGARIDO estava estacionado um destacamento militar, normalmente apenas um pelotão reforçado, pertencente à companhia da Fazenda Maria Fernanda, a 3342. Na época de maior actividade agrícola, quando o perigo de vir a sofrer ataques do IN era maior, coube ao meu grupo de combate (o 3º da 3340, sedeada em Quicabo) ir reforçar esse destacamento.


A distância entre Quicabo e o Margarido não era muita, talvez uns 50 km, mas na época das chuvas levava-nos meio-dia, quando não o dia todo, a lá chegar. Saía-se de Quicabo em direcção a Balacende, pela estrada então ainda não asfaltada e que seguia na direcção da Beira Baixa e de Nambuangongo. Logo a seguir a Balacende, onde se situava a outra companhia do batalhão, a 3341, tomávamos uma espécie de picada até chegarmos ao Margarido.

Depois de entrarmos na savana, entremeada de algumas árvores de pequeno porte, onde pastavam corpulentas pacaças e se viam, fugindo apressadamente do ruído dos unimogs, tímidos veados ou barulhentos javalis, logo deparávamos com os altaneiros e muito temidos Palacaças.

Os Palacaças eram dois enormes morros de pedra calcária, distanciados entre si de apenas umas centenas de metros, que se destacavam na paisagem como duas temíveis e sempre vigilantes sentinelas. Postados mesmo junto à picada, assemelhavam-se a dois enormes e imbatíveis guerreiros, a que a cor da desnuda pedra esbranquiçada, sobressaindo da densa mata envolvente, lembrava uma bem urdida cota de malha que lhes protegia o corpo. Os musculados corpos fantasmagóricos terminavam em duas enormes cabeças de onde sobressaíam uns tufos de cabelos ralos, constituídos por pequenas árvores que teimavam em vegetar na pouca terra que se acumulava no cocuruto dos morros.

À medida que nos íamos aproximando destes dois horríveis mostrengos, crescia em cada um de nós uma ânsia e medo, por vezes pavor, de que das suas entranhas saísse inopinadamente um ataque do IN, mortífero e certeiro. Até à pedrada, se outros meios não tivessem, nos atingiriam do cimo dos Palacaças, sem possibilidade de serem sériamente incomodados, tal a altura desses morros e a sua proximidade da picada.

Por vezes nem a própria picada enxergávamos, completamente alagadas devido às chuvas ou entretanto sumida pelo capim que, num abrir e fechar de olhos, cobria galopantemente os últimos rodados das viaturas que por ali transitaram, assim aumentando desmesuradamente o nosso pânico por nos sentirmos encurralados e indefesos perante um eminente e possível ataque. Apanhados à mão, sem meios eficazes de nos defendermos ou termos para onde fugir, era a derradeira ideia macabra que nos poderia então ocorrer!...

Mas passado este difícil obstáculo, engrandecido indubitavelmente por razões do foro psicológico, logo aparecia o esperado rio Lifune, com as suas águas límpidas e cristalinas, correndo sob uma ponte de madeira, bem escorada e forte, por onde transitavam as pesadas viaturas do M.V.L. e as que carregavam o café da Fazenda Margarido, que aí começava.

Logo à entrada da roça de café e subindo do rio, encontrava-se uma casa toda esventrada, a que já caíra parte do telhado e de que tinham desaparecido as portas e janelas. Pelo aspecto que então ainda detinha, tratava-se por certo da casa de um europeu, com várias divisões feitas de tijolo e cimento, mas que a longa distância, a que se situava do núcleo da fazenda, não a tinha permitido resguardar dos sucessivos ataques desde que apressadamente fora abandonada.   

A roça estendia-se por alguns milhares de hectares de terreno, sombreado por grandes árvores que protegiam do calor tropical o pé do cafézeiro, sempre viçoso e delicado, cujos frutos se assemelham, quando na maturação, a pequenas cerejas vermelhas, encavalitadas aos magotes num emaranhado de ramos que se inclinam pesadamente até ao solo.

Na roça, como força braçal, trabalhavam essencialmente os bailundos, nem sempre em condições verdadeiramente humanas, ora capinando, de sol a sol, o capim que depressa alastrava e submergia toda a plantação, ora, quando se aproximava a colheita do café, esgalhando e ripando, fazendo-o com as mãos rudes e cheias de calos, os fugidios e lustrosos frutos vermelhos que, assim, caíam das pernadas prenhes do cafezeiro para dentro duma alcofa, dependurada ao pescoço, até encherem, individualmente, os dois enormes sacos de serapilheira, obrigatórios e diários, que no início de cada dia lhes eram distribuídos.

Para segurança e protecção da fazenda e do seu pessoal assalariado, dispunha o MARGARIDO de um corpo de Voluntários, muito temido pelos bailundos, e que era constituído por civis armados, normalmente ex-militares, que se comportavam como uma espécie de milícias mas dentro de um autorizado modelo paramilitar. Assim, meia dúzia destes homens bastava para manter a ordem e a paz nas sanzalas e no campo.

Habitava em instalações confortáveis a família do responsável pela roça, uma espécie de administrador/delegado do dono da fazenda, que a tudo superintendia, dispondo também de uma pista de aterragem, de um posto de rádio e duma cantina, tudo no cimo de um morro, rodeado de três fiadas de arame farpado, estando a intermédia electrificada.

Ao lado das sanzalas ficava a fábrica de descasque e de armazenamento do café, o qual, depois de colhido, era primeiramente posto a secar em amplos terreiros, pontualmente sulcados com rodos de madeira ou com os pés pelos bailundos, para melhor se obter uma uniforme secagem, após o que ia para a fábrica.

A zona onde se situava a fábrica e os armazéns do café era a parte mais sensível e vulnerável aos ataques do IN. Foi para obstar a tais ataques ou, pelo menos, minorá-los, que o meu Grupo de Combate, à semelhança do que já havia sucedido a outros, foi chamado a reforçar a força militar que aí se encontrava.

Mal a noite entrava, logo começava a “costureirinha” a cantar, umas vezes do lado em que o sol se tinha escondido, outras do lado oposto, quase sempre aleatoriamente mas sempre dentro da fazenda; era um jogo difícil de adivinhar, e raramente acertávamos, saber qual o local onde se iniciariam as hostilidades. Até que uma noite acertámos em cheio.

À tardinha, antes do anoitecer, fomo-nos emboscar cautelosamente na orla da mata, numa zona que indiciava ser trilhada pelo IN, acobertados pela densa vegetação que antecedia a roça e deixando, à nossa frente, uma vasta zona descoberta, onde pontuavam alguns pés de cafézeiros, rodeados por um capim algo ralo e já meio seco.

Decorridas cerca de duas horas após o pôr-do-sol, e quando as altaneiras e frondosas árvores da roça já espelhavam no chão figuras fantasmagóricas ondulantes, tecidas pelo suave luar que se deixava transparecer por entre a copa do arvoredo, começámos a ouvir, primeiro difusamente e depois de modo mais perceptível, um palavreado pouco incauto do IN, que se aproximava, ainda à vontade, do seu habitual objectivo – a fábrica.

À distância que passou por nós, ainda que relativamente perto, não foi possível visualizar o IN, quantificar os seus efectivos ou estimar o seu poder de fogo. Abrir fogo imediatamente seria atirar no escuro e denunciar a nossa presença. Por isso optou-se por deixá-los passar e aguardar serenamente pelo seu regresso, na suposição de que voltariam pelo mesmo caminho.

 Não eram volvidas duas horas, começou a ouvir-se, lá longe, para os lados da fábrica, o matraquear característico e inconfundível das armas inimigas, a que logo ripostaram as G3 e os pequenos morteiros 60, num duelo quase diário e nocturno, a que não faltavam os incitamentos de “portuga, vai para o puto, esta terra não é vossa!” e as asneiras e os costumados palavrões com que ripostavam os defensores.

Terminada a contenda, que habitualmente não passava de meras flagelações à distância, onde se desperdiçavam algumas munições e apenas tinham como finalidade manter as posições dos contendores, uns chateando e minando o moral do adversário e este, por sua vez, dando a entender que a fábrica se manteria na sua posse, o IN preparava-se para regressar pelo mesmo caminho.

Apanhado de surpresa mas sobejamente expedito nestas andanças, facilmente se furtou a um inesperado fogo nutrido, que então se abateu sobre ele, rapidamente se esgueirando por entre a mata e não deixando quaisquer vestígios de sangue que prenunciassem a existência de feridos, não tendo igualmente sido capturada qualquer arma.

Lourenço, ex-furriel da 3340.



Parabéns ao Camarada DU PIRES

O amigo Pires publicou hoje no Jornal de Notícias um artigo sobre o catorze de Março de 1973, aliás à semelhança do que já tinha escrito para o nosso blogue, que com o devido respeito pelo JN aqui publicamos:



Não deixem de ler o artigo do JN. o amigo Du Pires está de parabéns.

ENDEREÇO DE E-MAIL

Companheiros,

Por motivos de mudança de operador do serviço de Internet, o meu mail anterior: magarciaferreira@clix.pt, foi alterado para mgarciaferreira@netcabo.pt
Assim peço que de futuro todos os e-mails sejam enviados para este novo endereço.

Obrigado
Garcia Ferreira

O tempo tudo cura e sara...

Recebi do Camarada Mota Vieira a mensagem que a seguir transcrevo, com o sugestivo titulo acima mencionado.
Obrigado amigo Mota Vieira (Corisco mal-amanhado)

Amigo Garcia Ferreira, - De vez em quando visito o nosso blog e dou comigo a pensar quão feliz e talentoso foste na sua criação. Todos os elementos do nosso Batalhão de forma mais ou menos vincada sentir-se-ao  de certeza gratos ao furriel Garcia Ferreira pela sua muito feliz iniciativa. O blog representa uma âncora para todos nós.

Sempre que entendo e posso, vou aos nossos convívios entusiasticamente organizado pelos furriel Oliveira, que no momento asado pega no clarim e bem forte toca a reunir. Devo confessar que aprecio muito os nossos encontros custado-me apenas um pouco, escutar com respeito e tristeza a lista dos Falecidos, cada ano maior. É a lei da vida que conhecemos desde o momento que tomamos consciência de nós próprios. E arrependo-me pelos Falecidos de não ter ido a mais encontros... Passados quase quarenta anos sobre o nosso PRIMEIRO ENCONTRO todos sofremos a erosão do tempo permanecendo em nós, talvez, um misto de fraternidade, companheirismo e nostalgia. Diz o nosso Povo que o tempo tudo cura!  Mas começo a duvidar que assim seja? Penso que na fase já um pouco avançada das nossas vidas, não deveríamos alimentar qualquer tipo de azedume, por muito bem fundamentado que seja ou tenha sido. Ninguém é ou foi perfeito.  Gostaria muito de manifestar sem excepção o meu respeito a todos os meus Camaradas e independentemente da patente desejar-lhes saúde, paz, alegria longa vida e que nos encontremos no teu Blog ou à mesa dum qualquer restaurante, sempre de coração aberto e mente limpa de ideias menos apropriadas.. 
Fraternalmente Mota Vieira.

MENSAGEM DO CAMARADA ABÍLIO SOARES

Amigo Soares,


A propósito do mail que me mandou, só tenho a dizer-lhe que este BLOG é de todos, por isso todos os esclarecimentos são bem vindos, agradeço desde já a sua mensagem.
Um abraço
Garcia Ferreira


Boa Tarde, Garcia Ferreira,


Só hoje consultei o nosso Blog, e na medida em que o meu nome ( ex-alferes Soares) aí é referido, até com uma certa dose de minimalismo, um Alferes não é um Capitão, não esquecer(!), mas quero acrescentar acerca das mesmas reuniões o seguinte:
• Nem sempre tenho podido comparecer a essas reuniões, foi o que aconteceu no ano passado, que não fui nem ao almoço da CCAÇ nem do BCAÇ.
• No ano anterior já não tenho presente, mas só em ultimo recurso não compareço, porém se minha esposa ou algum familiar ou motivo profissional me impedir , também não compareço. Se fizer um levantamento das minhas presenças desde que regressamos, talvez poucos me possam exceder na frequência destas iniciativas.
• Fala-se a determinada altura nos mails que “ quem não se sente não é filho de boa gente”.
• Se calhar vem mesmo a propósito, pegar nessa situação e aporta-la ao meu argumento.
• De facto suponho que foi no almoço da CCAÇ de Resende( ?), que me permiti dizer algo acerca do facto de poder fazer-se uma festa conjunta do Batalhão na qual integraria a CCAÇ 3341. Alguém mo havia solicitado e achei que também eu concordava com essa iniciativa. Os meus dividendos dessa iniciativa eram zero, tentar unir e não o contrário, mas pelos vistos alguns sofrem de qualquer maleita para não quererem misturas. Nem vejo que seja tão importante para vir para aqui referir estes casos, ou será que os apregoadores do bem só eles querem ter o dom das convicções e não admitirem quem tenha formas de pensar diferentes?
• Não preciso de invocar o direito de resposta, porque “ estou-me nas tintas para certas observações”, porém o camarada faça como bem entender.

Abílio Soares